Querido Irmão, querida Irmã, iremos celebrar o Mês da Bíblia, o Grito dos Excluídos, os 26 anos de minha Ordenação Sacerdotal e as Festas de Jesus das Santas Chagas, no João XXIII; São Vicente de Paulo, Santa Ruth e São Miguel, no Palmital.

Setembro é o mês da Bíblia porque, no dia 30, celebra-se a memória de São Jerônimo, um dos grandes responsáveis por termos a Bíblia em nossas mãos da forma que ela é. A pedido do Papa Dâmaso (366-384) que preparou uma excelente tradução da Bíblia em Latim, a partir do Hebraico e do Grego; a chamada Vulgata. Foi um trabalho gigantesco que demandou cerca de 35 anos nas grutas de Belém, onde ele realizava esse ofício, vivendo uma austera vida de oração e penitência. São Jerônimo dizia que quem não conhece os Evangelhos não conhece Jesus.
No Mês da Bíblia, a Igreja nos propõe o Estudo do Livro de Josué. O lema bíblico inspirador é: “O Senhor, teu Deus, estará contigo por onde quer que vás” (JS 1,9). O nome Josué significa “Javé liberta”, e o livro representa um projeto que liberta a terra, acumulada nas mãos dos poderosos, e a reparte com o povo de Deus, fazendo justiça às pessoas que foram exploradas e empobrecidas.
Podemos dividir o livro de Josué em três partes principais: Primeira: conquista da terra (1-12); segunda: divisão da terra entre as tribos (13-21); terceira: discursos de Josué (22-24).
A Igreja pretende colocar a Palavra de Deus em evidência, tanto no processo de formação, quanto de celebração e compromisso missionário. Ao dedicarmos um mês especial à Bíblia, não afirmamos que o cristianismo é uma religião do livro, mas da Palavra de Deus: de um Deus que busca o ser humano e dialoga com seu povo; que deseja encontrar-se com a pessoa humana para fazê-la participante de sua vida divina. Não porque Ele tivesse necessidade de nós, mas porque nós precisamos dele.

O Grito dos Excluídos deste ano tem como tema: “Vida em primeiro lugar!” e o lema: “Brasil, 200 anos de (in)dependência. Para quem? ”, pontuando o questionamento sobre uma independência política que não repercutiu em autonomia, soberania territorial e qualidade de vida para os povos desta terra.
Quanto ao Grito dos Excluídos, temos um trecho da mensagem dos Bispos ao povo brasileiro, por ocasião da 59ª Assembleia: “Conclamamos toda a sociedade brasileira, a participar das eleições, com o voto consciente e com responsabilidade, escolhendo projetos representados por candidatos e candidatas comprometidos com a defesa integral da vida, defendendo-a em direitos humanos e sociais, e nossa casa comum onde a vida se desenvolve. Todos os cristãos somos chamados a preocuparmo-nos com a construção de um mundo melhor, por meio do diálogo e da cultura do encontro, na luta pela justiça e pela paz”.

Finalmente, elevo a minha gratidão a Deus e convido a vocês para se unirem a mim em oração, por celebrar 26 anos de Ordenação Sacerdotal. Ser Padre é colocar a vida a serviço, por amor e deixar-se ser instrumento de Deus. Ele nos chamou e nos capacita para a missão.

Pe. Hideraldo Verissimo Vieira